Pérfido Lusitano

quinta-feira, outubro 26, 2017

Vim para aqui

Não estava à espera de um tapete branco para a minha chegada...



Tallin, às 00:35

Sim, aqui já faço anos :)

segunda-feira, agosto 21, 2017

Summer-sunset-wedding


Surpreendentemente decidido há pouco mais de mês e meio. Festa pequena mas muito simpática e com uma decoração muito bonita. Eu fiquei sentada entre o primo noivo e o primo alemão, que supostamente me adora pois na festa portuguesa do seu próprio casamento, segundo consta, só eu é que falei com ele!

quarta-feira, julho 12, 2006

(Co)Memorar

Lembrar-se de coisas é bom, mas às vezes esquecer-se delas também pode ser benéfico.

Tenho alguma facilidade em memorizar coisas, pelo menos aquelas que conseguem passar os criteriosos trâmites da minha memória. Recordo, trecordo, policordo...

Lembro-me de muitas coisas boas, mas apesar das boas recordações o vazio que fica no espaço entre elas e o presente não é tão recomendável, especialmente quando esse vazio poderia estar preenchido, se tudo dependesse da nossa vontade.
É triste.

Sei o que fiz no Verão passado, tal como sei o que aconteceu há 20 meses ou ainda pelo que passei 4 semanas atrás.
Que saudades!

(Co)Memorar

Lembrar-nos de coisas é bom, mas às vezes esquecer também.
Eu tenho alguma facilidade de memorizar coisas... pelo menos aquelas que conseguem passar os critérios da minha memória selectiva. Não sei se isso é sempre positivo... lembro-me de muitas coisas boas, mas a memória de algo que já não tem volta não é propriamente agradável, especialmente quando era não exactamente isso que se queria... que eu queria.

Sei exactamente o que fiz no Verão passado, tal como sei o que aconteceu há 20 meses ou pelo que passei 4 semanas atrás.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Mobília

Acabo de realizar um sonho muito antigo. Se há uma peça de mobiliário que devaneia pelo meu imaginário há anos a fio é... (errado quem disse a cama de dossel ou o "red sofa") a cadeira de baloiço.
Adoro cadeiras de baloiço em geral e a partir de agora a minha em particular!
Sempre achei que uma cadeira de baloiço ia ser a primeira presença mobiliária em minha casa... acontece que antes de me poder baloiçar numa cadeira, precisei de arranjar um sítio para dormir, para me sentar, para cozinhar... ou seja coisas bastantes triviais e que sem dar asas a muita imaginação são muito úteis e necessárias.
Agora já me posso dar a estes pequenos luxos e eis que tenho uma linda cadeira de baloiço azul plantada no meio da sala!
27 anos e mais um sonho concretizado!

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Plágio

Descobri este poema no blog da minha cara anima mundi, li-o, reli-o, treli-o e não me canso. Vou imprimi-lo e pô-lo junto ao espelho para não me esquecer todos os dias de manhã, de tarde e de noite que aconteça o que acontecer esta empresa é MINHA e que nunca irá parar à bancarrota porque eu não deixo.

"Posso ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo,
e que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e tornar-se um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásisno recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

sexta-feira, julho 01, 2005

Feliz comtemplada

Acho que toda a gente fica contente quando ganha qualquer coisa e especialmente quando não se está à espera, mesmo quando é uma caneta.
Eu não estava nada à espera, mas ganhei um bilhete para ir ver os U2! (claro que é aqui em Viena). O bilhete não foi completamente inesperado, ou seja, não caiu do céu, eu tive de me mexer um bocadinho: num concurso interno da empresa, tive a presença de espírito de avançar com um palpite certeiro... enfim, houve 11 prognósticos ainda mais acutilantes que o meu, mas para minha felicidade, eram 12 os bilhetes!
Fiquei bastante satisfeita, não por ser especialmente fan dos U2... sinceramente se conhecer mais de 10-12 músicas deles deve ser muito... mas por ter ganho qualquer coisa e saber que vou tomar parte de um dos eventos do ano. Os U2 são indiscutivelmente uma banda de culto, os bilhetes para este concerto esgotaram num espaço de dias e estão esgotados há meses. Ainda hoje disseram-me que há bilhetes no e-bay a cerca de 500?... nem assim passou-me pela cabeça pôr o meu à venda. Se calhar gerações mais novas olham para eles, como eu olho para os Rolling Stones, daqueles tipos que sempre existiram desde o ínico dos tempos.
Os meus gostos pertencem a um quadro musical muito diferente, mas não posso deixar de notar que há letras que são marcantes na minha vida.
"Blue eyed boy meets a brown eyed girl!" - eu acreditei/acredito piamente nisto e para facilitar as coisas até mudei-me para leste! Na minha primeira vinda para Viena completamente à deriva e entregue a mim mesma, ouvi no rádio do carro para o aeroporto "I still don't know what I am looking for", dois anos e meio depois continuo a não saber. E o que eu adorava cantar aquela parte do "You are such a fool...", normalmente, ao cantar isto ia sempre de volante na mão e perdia-me a rir depois de esguinchar esta parte (eu não tenho pretensões de que sei cantar) a pensar em quem é que ela podia aplicar-se. Os exemplos são parcos, mas os bilhetes não... afinal eram dois!!!
Vou ver os U2 no sábado, mas alguém que anote que eu também gostava de ver o Usher (isto sem qualquer tipo de comparação) ou ainda os brilhantes Lusodance IV, que eu nem sei se grupo são, mas que têm no seu reportório uma das minhas músicas preferidas de todos os tempos!

quarta-feira, junho 29, 2005

Audaces Fortuna Juvat

A fortuna ajuda os audazes! Ora aí está uma bela fórmula. Mas afinal quem é essa fortuna?
No outro dia uma conversa ando por aí a deambular e desembocou na problemática questão o que é a sorte? A minha resposta imediata e espontânea foi estar no sítio certo à hora certa, ou pelo menos, conhecer alguém que esteja e que tenha o nosso contacto! Daí que seja importante conhecer muitas pessoas!
O meu interlocutor da ocasião foi espontaneamente mais erudito e menos prático e avançou com as seguintes formulações: sorte é a conjugação de eventos propícios, a associação de acasos felizes, casualidades bem-aventuradas e, a minha preferida de todas, emanar energias positivas de modo a que elas nos tragam de volta também boas energias e qualquer coisa mais. Eu não consigo conjugar eventos propícios, nem associar acasos felizes, mas emanar energias positivas sim... e comecei logo a emanar energias, esperando com curiosidade o que é que a minha energia traria de volta ao bater-me na porta.
É engraçado nos dias que correm ainda acreditarmos em termos tão básicos e primitivos como sorte e azar! "Ter sorte" acaba por ser uma coisa tão abstracta que é muito complicado definir. Se se trata de uma coisa de energias, então deve haver uma fórmula química qualquer... By the way, eu continuo a emanar as minhas e nem porta, nem telemóvel tocaram!
Esperar ter sorte é tipo esperar pelo bom tempo, pode-se esperar o que se quiser, pois não tem influência nenhuma no que realmente vem.
Enfim, bafejem-se de boa sorte e eu espero também que não chova!

quarta-feira, junho 22, 2005


sábado, junho 04, 2005

Fotografias de regresso

Na altura da faculdade (e até em tempos mais recuados) costumava ir passar uns dias fora com os meus amigos. Era sempre, por mais rotineira que fosse, uma grande rambóia! Havia sempre um drama de um qualquer de nós a ensombrar as 'férias', ou melhor, a fazer luz para um copo na proporção inversa do seu tamanho com a quantidade de alcool que tinha. Havia sempre bandas sonoras (sim porque nós prendados como somos tocávamos e cantávamos) por nós próprios ou então as versões enfrascadas e consumíveis que a Rita gravava com o nome do nosso destino parte I e II. Lembram-se?
Pois é, nessas viagens havia sempre uma constante, as nossas trombas da fotografia de regresso. O regresso a casa e à rotina quotidiana nunca foram muito bem-vistos e era essa mesma imagem que reflectiam as nossas caras.
Um pouco mais dramática sempre foi os meus regressos de Salzburg. Até ao avião aguentava-me muito bem pois queria ser um bom exemplo para quem estava tão ou mais desperado quanto eu, mas assim que me sentava e encostava a cabeça à janela já não havia qualquer público que incomodasse o trajecto das lágrimas, que corriam tristemente pelas ondulações da minha cara. Mesmo assim há pontos de contactos entre todas estas viagens: destino - Lisboa.
Fiquei muito transtornada agora ao voltar ontem para Viena. Acusei uma tristeza que não é costume... especialmente estando a sair de Lisboa. Foi péssimo! =( com muitas lágrimas e tudo...
Comecei a pensar nos motivos que me fizeram que ficar por cá e numa série de prioridades... que se calhar são as erradas... na verdade, sei lá bem quais são as minhas prioridades! Há pessoas com muito menos do que eu e que se calhar são muito mais felizes porque têm sol, porque têm muitas pessoas de quem gostam ao pé, porque fazem coisas que gostam, porque têm alguém à sua espera quando chegam ao aeroporto ou mesmo a casa.
Conclusão: acho que já estive muito mais longe de voltar para casa.

segunda-feira, maio 23, 2005

Palavra do Senhor

Diz-se que quando Deus criou o mundo, para que os homens prosperassem, concedeu-lhes duas virtudes.

a) Aos suíços, fê-los ordenados e cumpridores da Lei.

b) Aos ingleses, fê-los persistentes e estudiosos.
c) Aos japoneses, fê-los trabalhadores e pacientes.
d) Aos italianos, fê-los alegres e românticos.
e) Aos franceses, fê-los cultos e refinados.

E, quando chegou aos portugueses, voltou-se para o anjo que tomava notas e disse: "Os portugueses vão ser inteligentes, boas pessoas e vão ser do Benfica".

Quando acabou de criar o mundo, o anjo disse a Deus: "Senhor, deste a todos os povos duas virtudes e aos portugueses três. Isto fará com que prevaleçam sobre todos os demais!"

Então Deus reflectiu e disse:"Eh pá!... Tens razão... Bom, como as virtudes divinas não se podem tirar... que os portugueses a partir de agora possam ter qualquer das três, mas que a mesma pessoa não possa ter mais do que duas virtudes de cada vez".

Assim:
1. Português que seja do Benfica e boa pessoa, não pode ser inteligente.
2. O que é inteligente e do Benfica, não pode ser boa pessoa.
3. E o que é inteligente e boa pessoa, não pode ser do Benfica.

Palavra do Senhor.

domingo, maio 15, 2005


Publicidade

sexta-feira, maio 06, 2005

Problema informático

Recentemente, detectei um problema no corrector ortográfico do Word.
De cada vez que escrevo seguido «Benfica Campeão» ele pergunta-me:

«Tem a certeza que quer manter as duas palavras juntas ?»

Clico no «SIM» e o computador dá-me a seguinte mensagem:

«Um momento....a instalar o Word 1.0, versão 93/94»

quarta-feira, maio 04, 2005

Encontros numa casa de banho

Uma das coisas boas de continuarmos a estudar na mesma faculdade, depois de já termos feito a licenciatura, é o convívio que isso permite com dois tipos de pessoas: um são os caloiros e os demais estudantes que nos provocam agradáveis sensações nostálgicas; outro são os nossos ex-professores, o que permite encontros que espoletam várias e, por vezes antagónicas, reacções.

Esta quarta-feira fui à faculdade para uma reunião com as minhas orientadoras de mestrado. Porém, como consegui chegar antes da hora marcada ? eu tinha que falar disto, pois em mim este facto é de assinalável invulgaridade... ? tive tempo para ir à casa de banho dar uma mijinha, mudar a água às azeitonas, dar de beber ao urinol, etc., etc., etc.

Quando já estava na parte de abanar a piroca, eis que entra alguém que decide deixar um urinol de espaço entre nós os dois e inicia actividade fisiológica semelhante à que eu estava a terminar.

Acontece que, indubitavelmente, o indivíduo estava muito menos necessitado de urinar do que eu, e sucedeu que acabámos de fazer o que estávamos a fazer praticamente ao mesmo tempo. Diria até que as últimas gotinhas terão caído em uníssono ? essa palavra tão bela e que qualquer pessoa da minha idade associa imediatamente aos livros da colecção Uma Aventura, uma vez que as autoras punham sempre as personagens e ?exclamar em uníssono?, nunca simplesmente a exclamar...

Gotinhas inocentemente projectadas contra as sórdidas paredes do urinol, mangueira recolhida, fecho a ser apertado e, claro, o inevitável olhar para o lado. E quem é que eu encontro?! O antigo professor meu, claro está, o qual, ainda por cima, me reconhece de imediato, lembrando-se inclusive do meu nome.

Claro que nos falámos, mas aqui surgiu claramente o problema dos encontros entre homens na casa de banho ? e estou a falar dos encontros em geral, nem sequer me vou referir aos perigos específicos dos encontros entre gajos nas casas de banho da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa...

O problema de que vos falo surge cirurgicamente quando encontramos alguém na casa de banho no exacto momento do ?depois-da-mija-mas-antes-de-lavar-as-mãos?. E se juntarmos a isto o facto de ainda estarmos ambos a puxar o fecho da braguilha para cima, então surge, sem dúvida, uma situação peculiar, para dizer o mínimo...
- ?Olá João, como está...?
- ?Ora viva, professor...Cá estamos... Então e o professor?...?
E a braguilha ainda a ser puxada...
- ?Pois, olhe, vamos andando... Então e o seu mestrado?...
Nesta altura, já com as braguilhas fechadas, havia algum desconforto ainda, pois colocava-se uma questão óbvia na minha cabeça, eventualmente partilhada pelo meu ex-professor: vou apertar a mão a este tipo que ainda agora estava com a mão na gaita a mijar ao meu lado?...

Depois de ambos esboçarmos um leve esticar de braços, dirigimo-nos para os lavatórios.
- ?Olhe, é por isso mesmo que cá estou: vim falar com as minhas orientadoras, pois devo entregar a tese até Fevereiro de 2006...?
- ?Certo, certo... Olhe, tem graça, eu também apresentarei a minha tese de doutoramento nessa altura...?
- ?Ai sim?! E é sobre o quê??

Enquanto a água corria, o homem lá me explicou que irá comparar a pintura de Rubens à imagética de Os Lusíadas e, de repente, conversa acabada, surge mais um belo momento: de mãos molhadas e sem ter onde as enxaguar, despedimo-nos, e novamente olhámos para as mãos um do outro, esboçámos um leve movimento como quem vai dar um passou-bem, mas devemos ter pensado na mesma coisa: há um minuto atrás a mão deste fulano estava na gaita dele ? será que eu tenho mesmo que lhe apertar a mão?

Não apertámos.

sexta-feira, abril 29, 2005

Gente que salva

De cima para baixo:

Patrão Lopes - Ao longo de uma vida de grande coragem, este olhanense radicado em Paço de Arcos socorreu mais de 53 navios e salvou mais de 300 vidas.

Aristides de Sousa Mendes - Desobedecendo a ordens superiores, o cônsul português em Bordéus salvou 30.000 judeus em 1940.

Hélio Santos - Apenas com a ajuda de um apito e dois cartões, numa noite de Abril de 2005 salvou 6 milhões de portugueses.

quarta-feira, abril 20, 2005